A hinoterapia e a timidez
Luiz C. Crozera
O que é a timidez?
É um processo psicológico inibidor de assoes em um indivíduo.
Quais são os tipos de timidez?
- Crônica (a pessoa é totalmente inibida, socialmente, profissionalmente e afectivamente, com extrema dificuldade de se adaptar a novas situações.)
- Situacional ( o indivíduo é tímido em determinadas ocasiões: ao pedir alguém em namoro, falar em público, expor um trabalho, procurar emprego, ser entrevistado, etc. )
- Eventual ( quando, pôr alguma razão traumática provocada pôr um acidente, boatos ou fofocas, até mesmo racial, atingindo a integridade física, moral e/ou emocional, faz com que a pessoa se introverta.)
COMENTÁRIOS:
É sabido que metade da população mundial é tomada pela “timidez”.
O tímido considerado crónico se sente totalmente excluído em todos os níveis, afectivamente, socialmente, profissionalmente, economicamente. Doenças consideradas graves ou contagiosas, do tipo HIV, levam o indivíduo a entrar no processo de timidez ou introversão, facilitando o progresso da doença. Devido a esse tipo de comportamento a pessoa é tida como “negativa”, considera-se excluída e rejeitada, mantém-se sempre cercada pela energia mental denominada “ódio”, pois são pessoas inconformadas com a vida.
É bastante comum, principalmente nas pessoas que mantém relacionamentos homossexuais não assumidos, pôr factores discriminativos, desenvolverem a timidez, podendo chegar a “fobia social”.
Um indivíduo pode também se auto-descriminar provocando a timidez, como exemplo podemos citar os factores raciais, acidentais e cirúrgicos.
É bastante comum, a criança na fase escolar sofrer gozações de colegas, caso o indivíduo seja passivo as provocações elas induzirão o indivíduo a ser tímido, interferindo inclusive em sua vida escolar. Na fase adulta essa pessoa enfrentará dificuldades (relacionamentos, comunicação, etc).
O Ser humano também consegue psicossomatizar a timidez, quando mantém um convívio directo com pessoas tímidas.
Verificamos que muitas pessoas se casam, com o parceiro(a) errado(a), pelo simples fato de ser introvertido e não conseguir dizer “não”.
É interessante notar que uma pessoa considerada extrovertida, comunicativa, sente-se inibida no momento de uma paquera ou vice-versa (timidez situacional).
Observamos também que a pessoa no processo de timidez mantém sua auto-estima em baixa, dificultando suas relações interpessoais, segurança económica e emocional, podendo chegar ao processo de depressão nos seus diversos níveis.
A timidez provoca uma reacção de indisposição para novos relacionamentos interpessoais, o indivíduo se isola, procura desculpas para ficar no seu computador, assistindo televisão, arrumando a casa, etc. Evita os passeios, festas, encontros, reuniões, etc.
O indivíduo tido como tímido, encontra como fuga, os calmantes, anti-depressivos e até mesmo drogas.
Fracassos profissionais, instabilidade financeira e/ou emocional levam o indivíduo ao processo de introversão.
A “Higiene Mental Familiar – HMF” é considerada a maior responsável pelo desenvolvimento da timidez em um indivíduo. No ambiente familiar onde a criança cresce sendo reprimida, criticada, constrangida, agredida (verbal ou fisicamente), perdendo gradativamente a liberdade de tomada de iniciativas e decisões. Pôr se encontrar numa fase de aprendizado e de desenvolvimento psicológico, a criança pode agir de duas formas: reagir e se defender ou aceitar tudo passivamente, nesse caso, como mecanismo de defesa, mesmo que inconsciente, a criança começa a manifestar algumas atitudes atípica como: isola-se, chupa o dedo, roem unhas, faz xixi na cama, birras e manhas, agressividade, etc. Toda criança aprende pôr tentativas, erros e acertos. Jamais os pais poderão ser exigentes demais para com os filhos que se encontram nessa fase da vida, a forma mais criteriosa é a orientação, o sorriso e principalmente mostrar as consequências dos erros, ser paciente, evitar o “NÃO”, conseguir controlar a euforia da criança, desviando sua atenção. É a HMF na infância que determinará e formará a personalidade do indivíduo para o resto de sua vida.
Características e sintomas de um tímido:
- Grande e inexplicável ansiedade ;
- Insegurança ( medo de ser rejeitado, fracassar ou ser ridicularizado ) ;
- Preocupação excessiva com a opinião e julgamento alheios ;
- Perda do raciocínio lógico e/ou esquecimentos ao se comunicar (falar, escrever) ;
- Transpiração excessiva , tremores e falta de ar em ocasiões especiais;
- Vergonha e/ou dificuldade ao se apresentar (provocando até vermelhão no rosto);
- Voz trémula , gaguez, dificuldade de se expressar ;
- Medo de se ridicularizar ;
- Necessidade constante de inventar desculpas e de recusar convites ;
- Baixa Auto-Estima e Auto-Confiança ;
- Auto-Imagem negativa ;
- Sentimento e sensação de menos valia ;
- Necessidade de se isolar .
A Hipnose no tratamento da timidez
A hipnoterapia tem se mostrado muito eficiente no tratamento da “Timidez”, auxiliando tanto os portadores desse problema considerada crónicos como situacional, sendo possível realizar uma reeducação de comportamento ou mesmo de recondicionamento mental, transmitindo-lhe segurança necessária, melhorando a auto-estima e auto-confiança no indivíduo. Com sugestionamentos pós hipnose consegue-se óptimos resultados, desbloqueando totalmente a timidez, controlando a ansiedade e devolvendo a pessoa o prazer de participar da “VIDA’ e a capacidade de interagir com as pessoas sem dificuldade.
Timidez pode ser definida como o desconforto e a inibição em situações de interação pessoal que interferem na realização dos objetivos pessoais e profissionais de quem a sofre.Caracteriza-se pela obsessiva preocupação com as atitudes, reações e pensamentos dos outros. A timidez aflora geralmente, mas não exclusivamente, em situações de confronto com a autoridade, interação com pessoas do sexo oposto, contato com estranhos e ao falar diante de grupos – e até mesmo em ambientes familiares.
Caracteriza-se pela obsessiva preocupação com as atitudes, reações e pensamentos dos outros. A timidez aflora geralmente, mas não exclusivamente, em situações de confronto com a autoridade, interação com pessoas do sexo oposto, contato com estranhos e ao falar diante de grupos – e até mesmo em ambientes familiares.
A timidez é um padrão de comportamento em que a pessoa não exprime (ou exprime pouco) seus pensamentos e sentimentos e não interage ativamente. Embora não comprometa de forma significativa a realização pessoal, constitui-se em fator de empobrecimento da qualidade de vida. Deste ponto de vista, a timidez não pode ser considerada um transtorno mental.
Aliás, quando em grau moderado, todos os seres humanos são, em algum momento de suas vidas, afetados pela timidez, que funciona como uma espécie de regulador social, inibidor dos excessos condenados pela sociedade. A timidez funciona ainda como um mecanismo de defesa que permite à pessoa avaliar situações novas através de uma atitude de cautela e buscar a resposta adequada para a situação.Tipos de timidez
Existem dois tipos de timidez
- Timidez situacional – a inibição se manifesta em ocasiões específicas, e portanto o prejuízo é localizado (por exemplo: a pessoa interage bem com a autoridade e pessoas do sexo oposto, mas sente vergonha de falar em público);
- Timidez crônica – a inibição se manifesta em todas as formas de convívio social. A pessoa não consegue fazer amigos e falar com estranhos, intimida-se diante da autoridade, tem medo de falar em público etc.
Philip Zimbardo, da Universidade de Stanford, se refere ainda a outra espécie de tímido, aquele que não teme o relacionamento social, simplesmente prefere estar só, sentindo-se mais confortável com suas idéias e com seus objetos inanimados do que com outras pessoas. Esta seria a pessoa comumente chamada de introvertida, que tem muitos pontos em comum com o tímido e se torna vulnerável a transtornos de ansiedade.
Evolução
Adultos tímidos foram crianças tímidas ou adolescentes tímidos. Já adolescentes tímidos não foram necessariamente crianças tímidas. No entanto, ter um temperamento tímido na infância ou na adolescência não torna inevitável que alguém seja tímido por toda a vida.
Infância
Algumas crianças nascem com predisposição a serem tímidas, assim como outras têm predisposição para se tornarem hiperativas ou calmas. Mas, se uma criança com tal predisposição genética encontrar um ambiente propício para a timidez se desenvolver, isso certamente ocorrerá.
Não há unanimidade entre os estudiosos sobre quais sejam as causas da timidez na infância, variando as opiniões de acordo com a corrente doutrinária adotada por cada profissional.
O psicoterapeuta Ruy Miranda aponta que o papel dos pais é decisivo neste processo e a timidez certamente desenvolverá se um ou ambos os pais: a) forem eles próprios tímidos – a percepção depreciada de si mesmo é transferida para o filho; b) forem muito agressivos – o filho passa a perceber os outros como potencialmente hostis; c) submeterem o filho a constantes críticas ou humilhações silenciosas ou públicas – a auto-estima do filho é comprometida; d) criem problemas familiares que causem vergonha – se o pai bebe ou leva uma vida desregrada a criança ou o jovem pode carregar esta vergonha como parte de sua vida; o mesmo problema ocorre com a separação dos pais; e) tiverem um comportamento frio – pais que não exprimem seus sentimentos não ajudam os filhos a desenvolver a percepção de confiança em si próprios.
Em suma, a timidez deve ser vista como um traço do temperamento, com todo o que ele implica, isto é, algo estável presumivelmente herdado, que aparece cedo na vida de numa criança e que provavelmente determina o posterior desenvolvimento da personalidade, da emotividade e da conduta social. Mas, apesar do peso da hereditariedade, este traço do temperamento poderá ser atenuado ou reforçado pela conduta dos pais e pelas experiências vividas pela criança na infância.
Adolescência
A timidez é mais comum na adolescência e, como vimos, independe de o adolescente ter sido tímido na infância. O quadro na adolescência, principalmente nos primeiros anos, pode se mostrar sério, mesmo quando na infância se apresentasse leve ou quase imperceptível.
O rápido crescimento por que passam os adolescentes pode fazer com que ele crie uma auto-imagem desfavorável de seu corpo, do todo ou de parte dele, mesmo que essa imagem distorcida não corresponda à realidade. Numa fase da vida em que a aceitação pelo grupo é essencial, esta distorção do corpo gera no jovem a insegurança de não ser bem visto pelos outros e favorece o reforço da timidez.
Este estado de insegurança se alterna, por vezes, com um estado de euforia, quando o jovem faz alguma coisa paramudar a parte do corpo que lhe causa desconforto (por exemplo, mudando o corte de cabelo ou fazendo regime para emagrecer). Este estado de euforia, no entanto, não costuma durar muito e logo e a insegurança e a timidez se reinstalam.
Este quadro não costuma perdurar quando o jovem entra na idade adulta, por volta dos vinte anos. A persistir, tem tudo para se transformar num quadro realmente grave de transtorno mental.
Causas físicas
Estudos mais recentes apontam causas físicas para a timidez. Pesquisas feitas nos Estados Unidos com crianças de até dois meses de vida, submetidas a tomografia computadorizada do cérebro, mostram que crianças tímidas apresentam mais atividade no lado direito do cérebro, enquanto crianças que não apresentam este quadro tem o lado esquerdo mais ativo. A amígdala e o hipocampo são outros órgãos cuja ação é afetada pela timidez. A amígdala, considerada “o centro do medo”, parece estar conectada a situações estressantes, enquanto o hipocampo transmite os sintomas da timidez (tremura, suor, tensão muscular) para o corpo.
A Escola de Medicina Harvard realizou pesquisa com pessoas de vinte anos, que não demonstravam mais sinais da timidez sofrida na adolescência. Submeteu-as a tomografias computadorizadas enquanto lhes mostravam fotos de pessoas desconhecidas: todas apresentaram hiperatividade na amígdala.
A abordagem biológica da timidez possibilitará que esta seja tratada no futuro com remédios criados especificamente para atuar diretamente nesses sintomas físicos.
Formas patológicas
A timidez não é um transtorno mental. Mas a timidez crônica pode evoluir para uma patologia, principalmente quando o adolescente não consegue superá-la ao entrar na vida adulta.
Fobia social
Tem-se aí a fobia social, quando a pessoa passa a evitar todas as situações sociais que não lhe são impostas pela mais absoluta necessidade. Assim, compelida a garantir sua sobrevivência, a pessoa pode, com algum sacrifício, trabalhar, mas evita outras situações que exijam exposição social, como comer em restaurantes, falar em público ou usar banheiros públicos. Quando submetida a essas situações, suas reações físicas são mais visíveis e intensas, obrigando às vezes a uma internação hospitalar. Além das sudoreses e tremores comuns nos tímidos, o fóbico sofre de taquicardia, náuseas e desconforto abdominal.
O sofrimento de quem é acometido de fobia social é tão mais insuportável porque, no íntimo de seu ser, a pessoa anseia por manter um relacionamento social normal, mas só não o faz porque uma intensa sensação de ameaça impede que isso ocorra.
Síndrome de pânico
Mais grave que a fobia social é o transtorno ou síndrome de pânico. Ao contrário da fobia social, não depende de nenhuma interação social ou mesmo da presença de outra pessoa para que se desencadeie o processo patológico, em que o paciente apresenta sensação de desmaio ou de morte iminentes.
Os ataques de pânico ocorrem aleatoriamente e o portador da síndrome pode passar longos períodos sem senti-los, tanto que as primeiras manifestações são interpretadas como sendo apenas sinais de uma exaustão física ou uma decorrência do stress.